segunda-feira, 4 de junho de 2012
MORADIA DO PATRÃO
O oitão da minha casa ele é todo varandado
O curral é bem em frente à vaquejada é ao lado
No dia de vaquejada, fico bem acomodado
Deitado em minha rede e vendo a queda do gado.
Da minha varanda eu vejo, a poeira levantar
O boi sai em disparada, pro bate-esteira enrabar
O parceiro que é valente, fala esse já se foi
O locutor fica rouco de gritar “valeu o boi”!
Da minha varanda eu vejo, muita coisa engraçada
Vi dois vaqueiros chorando pela mesma namorada
Com o primeiro ela casou, com segundo, era amigado
Ela tava com o terceiro, na garupa do cavalo.
Da minha varanda eu vejo, forró amanhecer o dia
Sanfoneiro toca o fole, no terreiro o cancão pia
O aboiador cantando, verso pra sua Maria
Não há dinheiro que pague, esta minha moradia,
Tem quatro coisa no mundo, que meu coração palpita
Um carro pra passear, e uma mulher bonita
Que chova em meu roçado, e que não falte birita.
Tem quatro coisa no mundo, que meu coração não quer
Um bate-esteira fuleiro, mulher feia com chulé
De cabra que é velhaco, passar xêxo em cabaré.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário